O espaço perspéctico
Um dado importante na definição da espacialidade do Renascimento é a incorporação da perspectiva como instrumento de projeto e da noção do desenho como uma forma de conhecimento.
A principal ruptura com o espaço medieval se dá a partir do momento em que os arquitetos do Renascimento passam a designar nos seus edifícios um ritmo de percurso em que as regras de desenho do espaço são facilmente assimiladas pelos usuários e estes, a partir de uma análise objetiva do espaço, ainda que em um certo sentido empírica, têm condições de dominá-lo e impor o seu ritmo. O domínio da linguagem clássica, usada para se chegar a estes efeitos de percurso, só se torna possível quando simulado através do projeto pela perspectiva. Como resultado, tem-se um espaço perspéctico, integralmente apreendido pelo observador e cujas relações proporcionais se mostram de forma analítica e objetiva.
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